segunda-feira, 11 de abril de 2011

Auto da Barca do Inferno - Cena 2 do Frade

Depois de teres lido a cena, reflecte um pouco sobre o que aqui te é proposto:
1. A entrada do Frade em cena e a surpresa que provoca.
Provoca surpresa porque ele entra a cantar e a dançar, com uma mulher no braço, comportando-se
como uma pessoal normal, menos com os princípios de um Frade.

2. Símbolos cénicos que transporta e seu valor simbólico.
Moça: Adultério/ Pecado carnal

• Escudo                               Aspira a classe Social 
• Espada
• Elmo (Capacete de guerra)

Hábito (Capela) – Religião artificial 

3. A preocupação de visar com a crítica todos os frades e não apenas este que aqui aparece:
3.1. Verso que o comprova;
Diabo:
"Fezeste bem, que é fermosa!"
"E não vós punham lá grosa"
"No vosso convento santo"
Frade: "E eles fazem outro tanto."

3.2. Nome que estas personagens têm no teatro vicentino.
O nome das personagens no teatro vicentino é personagens tipo.

4. Exemplos de cómico nesta cena:
a) Carácter:
Padre que entra a dançar e a cantar com uma mulher.
b) Situação: Padre que entra a dançar e a cantar com uma mulher.
c) Linguagem: "Furtaste o trinchão, frade."

5. Principais argumentos de acusação e defesa:
ARGUMENTOS DE DEFESA: FRADE
"E Este hábito no me val?"


ARGUMENTOS DE ACUSAÇÃO: DIABO / ANJO
"Gentil padre mundanal (dado aos prazeres do mundo)"

"Devoto de padre marido haveis de ser cá pingado."

6. O percurso cénico da personagem e o seu significado.

O percurso cénico é tríplice, porque vai a barca do inferno, depois a barca do anjo e por fim é condenado na barca do inferno.
Apesar de tudo, há uma particularidade: quem o condena é o parvo; o anjo nem aparece.

7. O papel do Parvo nesta cena.
O parvo é quem o condena a barca do inferno.

Auto da Barca do Inferno- Cena 1 do Frade

E ele transformou-se no demónio que…


Eles tanto temiam ter de enfrentar.
Os frades viraram-se para aquela criatura feia e disseram “eu adoro um só deus, não tens poder algum sobre nós”.
O diabo, furioso, chegou-se a eles e disse “eu voltarei e vós voltareis a cair na minha tentação.
Os frades, arrependidos e cheios de medo de cair novamente, correram para o confessionário, ajoelharam-se e, com humildade, confessaram ao padre o que lhes tinha acontecido. O padre, vendo tal arrependimento, deu-lhes a bênção e disse rezai a oração que vós vou dar e Satanás não vós tentará mais.
Deus, vendo aquilo, temia que voltassem a cair no pecado.
Os frades todos os dias passaram a rezar aquela oração e pediam a deus que os fortalecesse com a fé.
As coisas foram acalmando e os frades ficaram mais descansados. Então, o diabo viu que era o momento certo para os voltar a tentar e, naquela noite, fê-los sonhar com uma freira nua.
No dia seguinte, apareceu no mosteiro uma mulher dizendo que era freira e deixaram-na entrar. À noite, a freira apareceu no quarto dos frades, nua, tentando fazer com que eles caíssem no pecado carnal.
Os frades, naquele momento, fecharam os olhos e rezaram num tom bem alto a tal oração do padre e a mulher transformou-se no diabo. Os frades, vendo aquilo, ajoelharam-se e olharam para o cimo e disseram “obrigado senhor, pois tu nunca nós abandonas-te”. Naquele momento, uma luz branca apareceu e uma voz disse: "A VOSSA FÉ VÓS SALVOU E SATANAS DERRETEU NAQUELA LUZ"

sábado, 2 de abril de 2011

Auto da Barca do Inferno-Cena do Parvo

Depois do julgamento do Fidalgo e do Onzeneiro, eis que ao cais chega Joane, o Parvo. Agora que conheces a dinâmica do Auto da Barca do Inferno, procura adivinhar o que vai suceder nesta cena, referindo o percurso cénico da personagem, os argumentos trocados com o Diabo e o Anjo e a sentença final.


Vem Joane, o Parvo, e diz:
PARVO: Que barca é esta?
DIABO: A barca do inferno.
PARVO: AH AH, então com certeza que não é nessa que hei-de ir.
DIABO: Porque ouçais dizer isso?
PARVO: Porque sou do bem.
DIABO: Se és do bem, porque não vais tentar a outra barca?
PARVO: Ah pois com certeza que vou.
DIABO: Não acredito que vós deixem entrar.
PARVO: Porque não haveriam de deixar?
DIABO: Porque lá em baixo haveis pecado.
PARVO: Isso veremos.




 



Chega o Parvo ao batel do Anjo e diz:
PARVO: Oulá Oulá, que barca é esta?
ANJO: A barca do bem.
PARVO: É mesmo esta que procurava.
ANJO: Ai sim? Porque?
PARVO: Sou bom rapaz.
ANJO: Então lá em baixo praticava o bem!
PARVO: Claro que sim e vós já devereis saber isso.
ANJO: Apesar de tolo, sim, és bom rapaz.
PARVO: Então quer dizer que posso embarcar convosco?
ANJO: Sim

(Anjo/Diabo: que personagem tem a última palavra e qual a sua decisão?)
Foi o anjo que teve a última palavra.
Deixou-o entrar porque, apesar de parvo, era bom homem.

Os Herdeiros da Lua da Joana, de Teresa Gonzalez


 









Recepção:
1. Gostei? Não gostei? Porquê?
Gostei, porque é uma história muito profunda e intensa que acontece muitas vezes no dia-a-dia do ser humano, e para além de não passar de uma historia de um livro, é um grande exemplo e um abre olhos para os pais deste tipo, que ainda vão a tempo de mudar e evitar uma desgraça deste tipo.

2. Com que personagem me identifico mais? E menos?
Identifico-me com a Joana, porque em pequena, passei por uma história parecida. E menos: com os Pais, porque um filho está acima de qualquer coisa.

3. O Momento mais emocionante?
A carta que ela deixava a sua amiga Marta.

4. O que mudarias neste texto?
Mudaria a responsabilidade que os pais não tinham perante a sua filha, pois as coisas não teriam chegado onde chegaram.

5. Síntese do texto?
Era uma família cuja filha morreu. Então, a melhor solução para superar a perda da filha foi irem a um psiquiatra. Quando chegaram a casa repararam que o baloiço estava na sala, o que gerou uma grande discussão.
O pai percebeu que tinha cometido um erro e decidiu representar uma peça de teatro baseada nos seus erros para toda a ex escola da filha.

6.
Prova que o livro é um texto Dramático?
Texto que serve de base a uma representação teatral. Diálogo, actos ( mudança de cenário) cenas ( entrada e saída de personagens) , figurantes o espaço restringe-se ao palco, pelo que tem limitações físicas.
Espaço cénico. Tempo de duração da peça ( + / - 2 horas)
A acção não deve ocorrer em mais de 24 h.
Didascálias, personagens principais, secundárias e figurantes a falar.
Os nomes das personagens antecedem as suas falas.

Personagens: Dr. Brito, Bé, Jorge Brito, Diogo, Alice, Dr. Gomes, João Pedro, Luís,Professora MargaridaAluna do Secundário.

Acto 1 / Cenas 4
Cenário B- Sala da casa de Joana

Acto 2 / Cena 1
Cenário B- Consultório do Psicólogo

Acto 3 / Cenas 2
Cenário A- Sala da casa de Joana
Acto 4/ Cena 1
Cenário B- Consultório do Psicólogo

Acto 5 / Cenas 3
Cenário- Sala da casa de Joana
Acto6 / Cena 1
Cenário- Escola